quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

2712013 Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto



28 de janeiro é a data que coincide com o aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, em 1945.
Na BECRE fizemos uma pequena exposição e disponibilizamos filmes.







Para saber mais sobre o holocausto


boletim de 2011

Apresentamos material de outras bibliotecas partilhado pela lista de discussão da Rede de Bibliotecas Escolares, com referência aos autores.


A Estrela de Erika
Nota da autora
Em 1995, cinquenta anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, encontrei a mulher de que fala esta história. O meu marido e eu estávamos sentados na beira de um passeio em Rothenburg, na Alemanha. Observávamos uns trabalhadores a limparem as ruínas do telhado da Câmara. Na noite anterior, um tornado tinha-se abatido sobre esta bonita aldeia medieval. Havia entulho um pouco por todo o lado. Um velho comerciante disse-nos que os estragos causados por este tornado se assemelhavam aos da última ofensiva dos Aliados durante a guerra. O comerciante entrou na sua loja, e uma senhora, sentada perto de nós, apresentou-se como sendo Erika.
Perguntou-nos se tínhamos vindo fazer turismo naquela região. Quando lhe disse que vínhamos de Jerusalém, onde passáramos duas semanas a fazer pesquisas, confessou-nos, com um suspiro, que desejava muito lá ir mas que não tinha dinheiro para a viagem. Ao ver uma estrela de David pendurada ao seu pescoço, eu disse-lhe que, no regresso de Israel, tínhamos passado pelo campo de concentração de Mauthausen, na Áustria. Erika confessou-nos que, um dia, tinha tentado visitar o campo de Dachau, mas que não conseguira franquear a porta. Depois, contou-nos a sua história…
♦♦♦♦
Entre 1933 e 1945, seis milhões de homens e mulheres do meu povo foram mortos. Muitos foram fuzilados. Muitos morreram de fome. Muitos foram incinerados nos fornos ou asfixiados nas câmaras de gás. Eu escapei.
Nasci em 1944. Não sei o dia. Não sei como me chamava ao nascer.
Não sei em que cidade nem em que país nasci. Não sei se tive irmãos ou irmãs.
O que sei é que, apenas com alguns meses, escapei ao Holocausto. Imagino muitas vezes como seria a vida dos membros da minha família durante as últimas semanas que passámos juntos. Imagino o meu pai e a minha mãe, despojados de todos os seus bens, forçados a abandonar a sua casa, enviados para o gueto. Talvez depois tenhamos sido expulsos do gueto. De certeza que os meus pais tinham pressa de deixar o bairro rodeado de arame farpado para onde tinham sido relegados, de escapar ao tifo, ao excesso de pessoas, à imundície e à fome. Mas teriam alguma ideia do local para onde estavam a ser enviados? Ter-lhes-iam dito que iam para um local mais acolhedor, onde teriam comida e trabalho? Terão chegado até eles os rumores sobre os campos da morte?
Pergunto-me o que terão sentido quando os conduziram à estação, juntamente com centenas de outros judeus. Amontoados num vagão de transporte de animais. De pé, uns contra os outros, por falta de espaço. Terão entrado em pânico quando ouviram correr os ferrolhos? De aldeia em aldeia, o comboio deve ter atravessado paisagens campestres estranhamente poupadas ao terror. Durante quantos dias ficámos naquele comboio? Quantas horas os meus pais passaram apertados um contra o outro? Imagino que a minha mãe devia ter-me bem encostada a ela para me proteger dos maus cheiros, dos gritos, do medo, que reinavam neste vagão lotado. Tinha de certeza compreendido que não íamos para um lugar seguro.
Pergunto-me onde estaria exatamente. No meio do vagão? O meu pai estaria junto dela? Ter-lhe-á dito que fosse corajosa? Terão falado do que iam fazer? Quando teriam tomado aquela decisão? Será que a minha mãe disse: “Desculpa. Desculpa. Desculpa.”? Terá aberto a custo um caminho por entre aquela mola humana até à janela do vagão? Terá murmurado o meu nome ao embrulhar-me num cobertor bem quente? Terá coberto a minha cara de beijos e dito que me amava? Terá chorado? Rezado?
Logo que o comboio abrandou, ao atravessar uma aldeia, a minha mãe deve ter espreitado pela fresta do vagão. Ajudada pelo meu pai, deve ter afastado o arame farpado que ocultava a abertura. Deve ter esticado os braços para a luz pálida do dia. A única coisa que sei com certeza foi o que aconteceu a seguir.
A minha mãe atirou-me pela janela do comboio. Atirou-me para cima de um pequeno quadrado de relva, junto de uma passagem de nível. Havia pessoas à espera de que o comboio passasse; viram-me cair do vagão de carga. No caminho que conduzia à morte, a minha mãe lançou-me à vida.
Alguém pegou em mim e levou-me para casa de uma mulher que se ocupou de mim. Que arriscou a vida por mim. Calculou a minha idade e atribuiu-me uma data de nascimento. Decidiu que me chamaria Erika. Deu-me um lar. Alimentou-me, vestiu-me, mandou‑me à escola. Fez tudo por mim.
Casei aos vinte e um anos com um homem maravilhoso. Ele aliviou muita da tristeza que me assaltava com frequência, percebeu o meu desejo de pertencer a uma família. Tivemos três filhos, que hoje têm os seus filhos também. No rosto deles, reconheço o meu.
Dizia-se outrora que o meu povo seria um dia tão numeroso como as estrelas do céu. Entre 1933 e 1945 caíram seis milhões de estrelas do céu. Cada uma delas corresponde a um membro do meu povo, cuja vida foi rasgada, cuja árvore genealógica foi arrancada. A minha árvore lançou raízes. A minha estrela ainda brilha.
Ruth Vander Zej/Roberto Innocenti
L’étoile d’Erika
Toulouse, Milan Jeunesse, 2000
(Tradução e adaptação)

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Projeto SOBE


A Direção-Geral da Saúde, o Plano Nacional de Leitura e a Rede de Bibliotecas Escolares estabeleceram um protocolo de colaboração no âmbito da prevenção da saúde oral em Portugal, formalizado pelo projeto SOBE - Saúde Oral, Bibliotecas Escolares, ligando a saúde oral, a literacia e as bibliotecas escolares.

São hoje comummente conhecidas as implicações da literacia na saúde e bem-estar dos cidadãos e a importância particular no campo educativo da literacia em saúde.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Resultados da 1ª fase do CNL

As alunas que irão representar a nossa escola na 2ª fase do Concurso Nacional de Leitura são:
3ºciclo: REGINA VIEIRA PASCOAL(9ºB) , ANA MARGARIDA MOREIRA NABAIS(7ºA) e VERA LÚCIA LOURENÇO LOURO(9ºB).
Secundário:MARIA INÊS MARQUES, PATRÍCIA BARREIROS e ANDREIA MARTINS(11ºB).


Proximamente será revelado o nome da Biblioteca Municipal do distrito de Castelo Branco onde se realizará o apuramento nacional.
Veja aqui as provas do3º ciclo, secundário e resultados.
A Biblioteca Escolar felicita os alunos participantes e os seus professores!

Refira-se que a Regina, a Vera, a Maria Inês, a Patrícia e a Andreia participam há anos no CNL e têm representado a escola nas finais distritais.Força, meninas! Sabemos que é preciso coragem para entrar em concursos e, neste caso, defrontar cerca de 150 participantes na 2ª fase. As professoras acompanhar-vos-ão!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Concurso Nacional de Leitura - 1ª fase


 A 7ª edição do Concurso Nacional de Leitura é já amanhã, 9 de janeiro.
3º ciclo: A Lua de Joana e Sexta Feira ou a Vida Selvagem.
Secundário: Frei Luís de Sousa e Frei Luís de Sousa.
Esperamos os concorrentes às 12h45(ensino básico) e 15h00 ( secundário).
Publicaremos os testes e as soluções.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Cantar as Janeiras


Amanhã, dia 4 de janeiro, pelas 20h15m, venha cantar as Janeiras connosco!

A iniciativa faz parte do plano de atividades e é dinamizada pelo grupo de Educação Musical, com a colaboração de alunos, professores e funcionários da escola-sede do agrupamento. Conta com a participação especial da Filarmónica Idanhense, grupo de Adufeiras de Idanha, grupo de Escuteiros e  Associação de Pais.

Durante o dia, e nos tempos curriculares da disciplina de  Educação Musical, a comunidade educativa poderá participar nas janeiras:

Sexta feira, dia 4:

10H30, Câmara Municipal, alunos do 6ºB;

13H20, Centro de Saúde, alunos do 5ºA;

 Segunda feira, dia 7:

            9H00 Intermarché, alunos do 5ºC;

            10H30 Hotel, alunos do 6ºA

            13H30 GNR, alunos do  6ºC e Bombeiros.
 

 
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