sexta-feira, 29 de maio de 2009

Reportagem

Texto sobre palestra, da Rita (6ºA) e da Eduarda (6ºC).
A palestra com Joaquim Furtado [sobre “A Guerra em África: 1961-9174”]

No dia 29 de Maio de 2009, o jornalista e autor do documentário “A Guerra” [RTP1]****, Joaquim Furtado, foi à escola EB 2,3/S José Silvestre Ribeiro* que fica em Idanha-a-Nova. O jornalista deu duas sessões, a primeira para os nonos anos e secundário e a segunda foi para os sextos, mas houve uma turma do oitavo ano que acabou por assistir. As palestras foram sobre a “Guerra Colonial”****. A palestra foi organizada pelo professor Luís Norberto Lourenço (professor de História e Geografia de Portugal) e assistiram também as professoras Elisabete Cristóvão e Helena Lopes.
Eu assisti à segunda sessão. Nesta sessão estavam duas testemunhas da guerra: um antigo militar (combatente português na Guiné-Bissau) e um civil, a D. Ana Paula que foi vítima da guerra, em Angola.
Pelo que alguns alunos do 9.º A dizem, houve uma aluna, a Ana Rita Gil, que deu o seu testemunho, porque o seu tio morreu naquela guerra.
O jornalista começou por perguntar o que é que os alunos sabiam sobre a guerra. Alguns responderam, outros não. Depois o Joaquim Furtado fez uma pergunta à qual iria responder e começar a história, a pergunta foi: “Porque é que a guerra começou?”. Começou a dar o seu testemunho e quando acabou de contar o que sabia houve um militar que contou o que realmente se tinha passado. Contou sobre o quanto sofriam os militares e as outras pessoas, que havia muita gente que era obrigada a ir para a guerra.
Depois tivemos o testemunho de uma senhora [Ana Paula] que perdeu a mãe na guerra. Os militares [guerrilheiros da UPA/FNLA]* entraram-lhe pela casa dentro e deram um tiro na mãe. (Notava-se que ainda não tinha recuperado muito).
E foi basicamente isto que se passou.
Eu gostei da palestra e achei interessante, aprendi algumas coisas (muitas).

Por: Eduarda Mateus, n.º 5, 6.º C

Na passada sexta-feira (dia 29 de Maio), veio à escola para dar uma palestra sobre a guerra colonial um jornalista [da RTP] chamado Joaquim Furtado (pai da famosa Catarina Furtado).
Estarão certamente a pensar porque foi este o jornalista escolhido para falar abertamente sobre este assunto e, eu dou-vos a resposta: este jornalista escreveu um documentário e já fez muitas entrevistas sobre este tema e aceitou o convite que a nossa escola lhe propôs.
Além deste senhor, vieram mais pessoas para testemunhar a sua presença nesta guerra. Entre todas elas (as testemunhas), houve uma que me chamou mais a atenção. Foi uma senhora que nos contou como ela viveu a guerra quando tinha apenas 4 anos. Contou-nos que um certo dia, uns homens [guerrilheiros da UPA/FNLA] entraram-lhe em casa, mataram-lhe mãe e raptaram-na a ela e à sua irmã. Esses homens trataram delas e quando chegou a altura, libertaram-nas.
Uma outra história que também foi bastante interessante foi a dum senhor que nos contou como foi viver a guerra sendo-se soldado a combater na Guiné.
O tema desta palestra foi a guerra colonial, como já referi, por isso, falámos de todos os assuntos que estavam relacionados com este tema, como por exemplo, quem começou a guerra, como acabou…
Uma coisa que não posso deixar de referir é que todos os jovens, quando completassem 18 anos, eram obrigados a ir combater para a guerra.
Para finalizar este texto, falta-me referir que esta guerra começou em 1961 e acabou em 1974, ou seja, durou 13 anos, o que foi um grande sofrimento para todas as populações que tinham família a combater em África.
Espero que tenham gostado do texto, e até para a próxima!

Por: Rita Baptista, n.º 16, 6.º A

Sugestão de hiperligações:
***http://pt.wikipedia.org/wiki/Frente_Nacional_de_Libertação_de_Angola
****http://tv1.rtp.pt/noticias/?article=162903&visual=3&layout=10
**http://www.guerracolonial.org



















Fotografias desta tarde, da palestra com Joaquim Furtado (RTP) na nossa escola, na sala 3A.
 

Iniciativa da escola sobre a Guerra em África é notícia

Jornal "Diário XXI" de hoje destaca na capa as actividades da nossa escola sobre "A Guerra em África (1961-1974)".

Transcrevemos a notícia:
Escola de Idanha-a-Nova recebe iniciativa

Joaquim Furtado fala da Guerra em África

A Escola EB 2,3/S José Silvestre Ribeiro, de Idanha-a-Nova, em parceria com a Biblioteca Municipal, está a promover iniciativas em torno do tema 'A Guerra em África (1961-1974)', Um dos destaques do programa está marcado para amanhã, dia em que o estabelecimento de ensino recebe uma palestra com Joaquim Furtado, jornalista da RTP, e com alguns testemunhos de familiares de alunos que viveram ou combateram em África durante este período. A sessão irá decorrer a partir das 14h50.
Entretanto, estão já patentes duas exposições na Biblioteca Municipal de Idanha-a-Nova que mostram trabalhos de alunos e documentos relacionados com o tema da guerra colonial.
A ideia do ciclo partiu de Luís Norberto Lourenço, professor neste estabelecimento de ensino, explicando que a iniciativa surgiu porque 'no 6º, 9º e 12º anos de escolaridade, os alunos abordam este tema', 'Daí o debate e as outras actividades paralelas', acrescenta. Para o docente 'tudo importa no sentido de compreender e debater, afinal, foram 13 anos de guerra, 149.090 efectivos mobilizados, com 8.803 mortos e milhares de feridos', destaca.

A Biblioteca recebe exposições

DR

P.S.
A "Gazeta do Interior" e a "Reconquista" também divulgaram a iniciativa.

Ver:  http://crejsr.blogspot.com/2009/05/guerra-em-africa-1961-1974-proposta-de.html

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Hora do Conto

A equipa da BE/PNEP esteve nas escolas do Rosmaninhal.
Objectivo: promover a leitura e aliciar novos leitores.
Nós gostamos e, pelas fotos, os meninos também!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Hora do Conto - O Patinho Feio




O Patinho Feio tem sido a história contada com recursos aos fantoches, executados pela equipa de Actividades de Enriquecimento Curricular do 1º ciclo de Idanha.
A história tem sido contada pelas professoras da equipa da BE/PNEP e de seguida é recontada por turmas de alunos mais crescidos a alunos mais pequeninos. Juntou-se a nós a professora Cecília e a sua Oficina de Artes: aprendemos origami e fizemos os animais da história.
Em Junho, a BE vai receber os alunos dos 4º e 2º anos de Idanha.Virão conhecer as nossas instalações e participar numa actividade interciclos. A anfitriã será a turma A do 7º ano!
Outra iniciativa do PNEP a Ler+!

Provas de Aferição - Matemática

4º ano critérios de correcção
6º ano critérios de correcção

Prova de LP de 4ºano


No exame de aferição do 4º ano de 2009 a capacidade de utilização de uma biblioteca estava presente na questão 9, acompanhando uma fábula em que a biblioteca era um dos elementos.

A conversa tomara, afinal, o rumo inverso do que a cegonha pretendia. Tanto quisera deslumbrar a tartaruga com os seus conhecimentos e acabara fazendo uma triste figura. A outra sabia muito mais do que ela! Isso irritava-a, mas também a enchia de curiosidade. Como é que, sem sair de casa, uma pessoa podia estar tão bem informada? Não resistiu a perguntar. A tartaruga riu-se.– Como é que eu estou bem informada? É muito simples, cara amiga…– Então explica.– Não explico. Vem comigo e verás com os teus próprios olhos. Segue-me!Lá foram então as duas, uma pela água e outra pelo ar. Depressa chegaram ao destino.Uma gruta simpática, coberta de algas por fora e muito bem arranjada por dentro. Areia fofa, conchas, búzios e livros. Livros a não acabar mais! Uns de capa dura, outros de capa mole, com desenhos maravilhosos ou quase sem desenhos nenhuns, pequenos, médios, grandes, finos, grossos, delicados, resistentes, mínimos e descomunais!– O segredo está aqui, na minha biblioteca. Não me desloco, mas viajo pelos caminhos da leitura. Só preciso de óculos, de curiosidade e de imaginação!
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, Três Fábulas, Lisboa, Caminho, 2007
Provas de Aferição (com soluções!): http://www.gave.min-edu.pt/np3/7.html

ver a imagem

segunda-feira, 18 de maio de 2009

A Guerra em África (1961-1974): proposta de actividades


“A Guerra em África (1961-1974)”*

Actividades promovidas pela Escola:
  • Palestra sobre “A Guerra em África (1961-1974)”, com Joaquim Furtado (jornalista da RTP; autor do documentário “A Guerra”), com testemunhos sobre o tema, de familiares de alunos que viveram ou combateram em África durante este período – 29 de Maio de 2009 – Escola EB 2,3/S José Silvestre Ribeiro de Idanha-a-Nova, Sala 3ª, das 13h55/14h40 (9.º ano e Secundário) e das 14h50/15h35 (6º ano)
  • Exposição Documental “A Guerra em África (1961-1974)” – 18 a 29 de Maio de 2009 – Biblioteca Municipal de Idanha-a-Nova

  • Mostra Documental “A Guerra em África (1961-1974)” – 25 a 29 de Maio de 2009 – Biblioteca da EB 2,3/S José Silvestre Ribeiro de Idanha-a-Nova

  • Exposição de Trabalhos de Alunos “A Guerra em África (1961-1974)”– 18 a 29 de Maio de 2009 – Biblioteca Municipal de Idanha-a-Nova
        
Coordenação:
Prof. Luís Norberto Lourenço

Apoio:

*Capítulo da nossa História conhecido por diversos nomes: "Guerra Colonial Portuguesa", "Guerra do Ultramar", "Guerra de Libertação", "Guerra da Independência", "Guerra em África"... optamos por uma das designações academicamente aceites e pelo termo mais neutral.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O escritor António Jacinto Pascoal concede entrevista aos alunos do 6.º A



Foto de AJP.



António Jacinto Rebelo Pascoal (n. 1967, Coimbra).

Licenciado em Literaturas Modernas e Mestre em Literaturas e Culturas Africanas de Língua Portuguesa, pela Universidade de Coimbra. Estreou-se em 1991, com Pátria ou Amor (Prémio da Associação Académica de Coimbra, com prefácio de Agustina Bessa-Luís). Surge editado em variadíssimas antologias poéticas. É professor, dedica-se também à fotografia, à escrita, especialmente à poesia e com colaboração regular em vários jornais e revistas. Actualmente, vive em Arronches.
Publicações: Poesia – Os Dias Reunidos (1998; Prémio Nacional Guerra Junqueiro); A Contratempo (2000); Terceiro Livro (2003; Prémio Nacional Guerra Junqueiro); No Meio do Mundo (2005); As Palavras da Tribo (2005; obra distinguida pelo IPLB e Ministério da Cultura); Cello Concerto (2006). Tradução – O Canto de Todos, Antologia Poética de Violeta Parra ([Chile]; com Prefácio, Advertência, biografia, e notas, 2004). Organização – Poemas do Índico, de Jall Hussein. (2004; com prefácio e anotações); As Mulheres Visíveis, Antologia de Poemas Sobre Mulheres (VVAA) (2005; com prefácio e anotações). Pronto para publicação: Nicolás Guillén e José Craveirinha: (Uni)versos Simultâneos (ensaio); A Granada e a Rosa (poesia); Ethos (poesia); O Lugar Incerto da Besta (poesia); Dos Acasos (Poesia); A Última Condição (romance).


Entrevista realizada por escrito (via correio electrónico) pelos alunos do 6º A, da EB 2,3/S José Silvestre Ribeiro de Idanha-a-Nova, sob orientação do professor Luís Norberto Lourenço, ao escritor António Jacinto Pascoal, sobre o seu livro “As mulheres visíveis”, realizada no âmbito de actividades de “Ler Mais”:

Qual era o seu maior sonho enquanto criança?
Julgo que nunca tive nenhum, exactamente por ser criança e viver apenas «esse» tempo. Só mais tarde, na adolescência, é que pensei que poderia ser pintor.




O que o levou a escrever o livro “As mulheres visíveis”?
Este livro surgiu por inerência de factos que me «obrigavam» a falar da invisibilidade, dos desfavorecidos, dos que lutam e de certos sectores da sociedade que continuam a ser altamente lesados. A emancipação das mulheres é uma dessas questões, naturalmente.

Em que pensou quando escrevia “As mulheres visíveis”?
Em ninguém. Eu não escrevi o livro: limitei-me a ler e coligir aquilo que os outros escreveram. O que escrevi foi apenas um poema (o último), para além do prefácio que o justifica.

Ficou muito emocionado quando escrevia “As mulheres visíveis”?
Fica-se sempre emocionado com os bons poemas dos outros. Aliás, o livro é um conjunto de bons poemas. Mas a maior emoção foi vê-lo editado, como produto pronto a ser lido.

Quantos anos tinha quando escreveu “As mulheres visíveis”?
É uma questão de fazer contas. Nasci em 1967. Façam as contas. Mas já era pessoa para ter juízo.

A quem dedica os livros que escreve?
Geralmente as pessoas de família ou a amigos. Não gosto de dedicar livros a poetas ou escritores que nunca conheci, embora reconheça que essa tentação pedante me assalte.

Qual o seu tema favorito para escrever?
Os velhos e sempre actuais temas universais: o tempo (e a sua fugacidade), a morte, a vida, o amor, a justiça.

Por que é que escolheu essa imagem duma mulher nua para capa de “As mulheres visíveis”?
A capa reproduz um quadro de Piero di Cosimo, que faz parte do período áureo da pintura, que é o Renascimento. Para além da beleza universal desta imagem, interessa-me a analogia que se consegue entre a visibilidade do título e a nudez do modelo, para além do que está associado à cobra que contorna o pescoço da mulher e lhe atribui uma tonalidade trágica.



Por que é que o livro “As mulheres visíveis” é em poesia e não em prosa?


Porque é em poesia. Bom, agora a sério: a poesia é mais fácil de coligir e mais fácil de captar, em breves relances.

Por que é que fala de mulheres visíveis e não invisíveis?
Para falar das invisíveis teria de saber delas. No fundo seria como falar de tudo o que não aparece ou não se conhece. E nesse caso poderia falar também de homens. De toda essa gente que, no anonimato, faz girar o mundo.

Adorei a ideia do livro ser dedicado às mulheres. Por que é que decidiu escrever o livro de poesia sobre mulheres e não sobre os dois sexos?
Porque é necessário falar das mulheres. È imperioso falar delas. A sociedade em que vivemos, ainda que em franca mudança, está cheia de resquícios de marialvismo e machismo.

Apesar das perguntas feitas anteriormente, até gosto dos poemas, pois o seu livro é interessante e acho que os poemas não têm nada a ver com o título nem com a capa.
Talvez não se perceba bem. O título refere-se àquelas mulheres que a história tornou conhecidas, por diversos factores, melhores ou piores. Trata-se, pois, das mulheres que conseguiram, mais ou menos, fugir ao anonimato.

E agora, está a pensar ou até mesmo a escrever um livro?
Estou quase sempre a escrever novos livros, porque é raro o período em que um poema não surja. Pelo que, juntando-os, dará origem a novo livro. Depois desse, já foram editados vários.

Gosta mais de escrever livros de poesia ou de prosa?
A poesia é como o ar que respiro, portanto é-me mais fácil. A prosa é uma grande tentação. Já escrevi um romance, mas não o considero suficientemente bom para publicar. Se me perguntarem o que preferia, diria que teria mais satisfação em ter escrito boa prosa.

Dos livros que escreveu, qual é o seu favorito?
O que está por escrever. Bom, há de facto um livro, ainda não editado, que julgo ser o meu melhor. Tem um título esquisito: «Asken Afaria».

Das profissões [ocupações] que desenvolve agora, qual foi a que iniciou primeiro?
Só tenho a profissão de professor. Não sei fazer mais nada. A escrita é uma brincadeira que levo a sério.

Há quantos anos é professor?
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Por que é que decide ser poeta?
Não se decide. Os poemas é que decidem por nós.

Por que é que quis ser professor?
Eu não quis. A realidade é que se me impôs. Preferia ser outra coisa.

Por que é que quis ser fotógrafo?
Gosto de olhar para as coisas. Sou muito contemplativo. Por vezes, acho que consigo ver até a «preto-e-branco». Habituei-me a olhar e a ver, mesmo sem compreender. Mas a fotografia ajuda-me a perceber melhor as coisas.






Agora, uma pergunta mais pessoal: já sei que tem três filhas. Costuma passar muito tempo com elas, mesmo tendo tantas ocupações?
Tento passar o tempo possível. Não há tempo que chegue para estar com elas. Todo o tempo é escasso, e o problema é que elas não voltam a ser o que são. É evidente que os ministros e deputados têm de rever o sistema, sobretudo no que diz respeito às questões do trabalho, pois a família começa ser invariavelmente prejudicada.

Que profissão queria que as suas filhas tivessem?
Elas é que têm de querer. A mim só me cabe orientar em certas direcções.






Por que é que quis três ter filhas?
Ninguém escolhe o número de filhos, a não ser que o pense muito seriamente. Poderiam ter sido quatro, ou duas. Ou dois. O número é irrelevante. Aconteceu serem três. E filhas. Foi uma sorte.

Além de ter jeito para as quatro profissões [ocupações] que desenvolve, tem jeito para mais alguma actividade, por exemplo: dançar ou cantar?


Ainda não percebi essa das quatro profissões. De resto e citando Assis Pacheco, tenho jeito para fazer versos, ou seja, nada.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Dia da Mãe





3 de Maio de 2009


Maternidade de Almada Negreiros, Pablo Picasso e Pietá de Michelangelo serviram de mote para, mais uma vez, recordar o Dia da Mãe.

Marcadores com textos alusivos à Mãe, em Português, Francês e Inglês; poemas de Eugénio de Andrade, Fernando Pessoa e Kalungano deram maior sentido à mensagem transmitida na nossa escola em homenagem a todas as Mães do Mundo.









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