terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O Sapo Apaixonado

Hoje, a sala anexa à Biblioteca foi um verdadeiro atelier de pintura: executaram-se os cenários para a história que vamos contar aos alunos da EB1 de Termas de Monfortinho e aos alunos da Unidade de Apoio à Multideficiência :O Sapo Apaixonado de Max Velthuijs da editora Caminho.
A máquina fotográfica registou alguns pormenores e em breve deixaremos aqui a reportagem fotográfica. Entretanto registe-se a dedicação da professora Maria João Rocha, a responsável pelo trabalho artístico e as professoras aprendizes: Isaura, Paula, Cecília, Teresa, Lucília e Dores.

Amanhã....mais notícias!
O livro do PNLé recomendado para leitura orientada na sala de aula, no 2.º ano de escolaridade : O Sapo anda preocupado com a saúde: tem o coração a bater depressa demais. A Lebre diz que ele deve estar apaixonado — mas por quem?
O autor desta encantadora história de amor é Max Velthuijs, artista holandês de reputação internacional, cujos livros têm sido publicados no mundo inteiro. Entre os seus numerosos prémios contam-se o Lápis de Ouro da Holanda (duas vezes) e o American Graphic Award da Society of Ilustrators.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Aristides de Sousa Mendes (II)



"O Anjo de Bordéus", da autoria de Luís Pires (1951-    ) e um romance sobre Aristides de Sousa Mendes, com edição em Newark pelo Centro Cultural "Os Serranos" em 2007. 
O ISBN: 978-989-20-0761-8.

Mais:
http://www.clube-de-leituras.pt/index.php?accao=tab3&catid=1&id=43&s=destaques#tab3

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009



Congresso Internacional de Promoção da Leitura (Gulbenkian - 22/23 Janeiro)

Transmissão online em directo
http://live.fccn.pt/fcg/

CNL - o texto do Eduardo, do 11ºA

A equipa da biblioteca e todos os que participaram nesta aventura do Concurso Nacional de Leitura, nomeadamente os professores que realizaram as provas, cativaram os alunos para este trabalho e os alunos que leram os livros recomendados, sem outro objectivo que não fosse o de se tornarem mais sabedores, temos que estar obviamente de ...parabéns!

Aguardamos com esperança (isso mesmo, porque não?)o dia 28 para conhecermos as obras para a fase distrital.

Eis o texto do Eduardo. Eu bem pedi outros mas...."ó setôra, temos tanto que estudar!"

Na tentativa de tornar a leitura num hábito prazenteiro ao invés de um esforço incómodo, segundo parece ter a opinião geral dos jovens portugueses, têm-se vindo a pôr as mãos à obra com o projecto “Ler + : Plano Nacional de Leitura” pelas escolas do país. A Silvestre Ribeiro não foi excepção. Desta maneira, surgiu o Concurso Nacional de Leitura
Assim, nesta primeira fase, os alunos dos 2º e 3º Ciclos, tal como os do Secundário, à excepção do 12º Ano, foram incumbidos de pôr de parte uma pequena soma de horas das suas preciosas férias de maneira a conseguir ler as duas obras escolhidas pelas professoras de Português (e coordenadoras da actividade); sendo, no caso do Secundário, as professoras Cecília Mendes e Célia Gonçalves.
Uma das duas obras escolhidas, para os 10º e 11º Anos, foi A Casa dos Espíritos de Isabel Allende.
Escritora chilena, nascida por casualidade em Lima, no Peru, em 1942, Isabel Allende trabalhou como jornalista desde os dezassete anos. Deixou o Chile com a família depois do golpe militar. É com este seu primeiro romance, traduzido em toda a Europa e nos Estados Unidos, que se consagra uma romancista de referência na história da literatura latino-americana.
Pode-se dizer que se trata de um romance de personagens, onde estas e as suas insólitas histórias de vida têm um papel central. E se há personagem mais central nesta fascinante narrativa essa é a de Esteban Trueba, esse homem de temperamento colérico carregado de defeitos e virtudes. É a partir do mesmo que a autora nos conta uma ferozmente descritiva saga familiar, acompanhando os filhos, quer legítimos quer fruto de violações, e os netos de Trueba, levando-nos do começo do século até à actualidade. Passando-se ora na herdade Las Tres Marias, ora numa imensa casa na capital repleta de espíritos, em contacto com Clara, mulher de Trueba, esta obra dá-nos também a conhecer a evolução social do país – que reflecte e pode muito bem simbolizar qualquer país latino-americano.
Em suma, é um romance cheio de vida, alguma morte, minucioso, divertido e trágico, belo e de cruel realismo. Uma obra para ser degustada por um largo público. Um livro inesquecível.

Eduardo Sousa 11ºA



quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA

Resultados da 1ªFase - Alunos apurados para a 2ª Fase do Concurso Nacional de Leitura

Secundário

1º Lugar: Filipe Dias, 10º A – 30 Pontos

2º Lugar: Eduardo Sousa, 11º A – 28 Pontos

3º Lugar: Pedro Nunes, 10º A – 27 Pontos


3º Ciclo


1º Lugar: Alexandra Nabais, 7º A – 30 Pontos

2º Lugar: Maria João Flor, 8º A – 29 Pontos

3º Lugar: Sara Malhadas, 9º A – 28 Pontos


Orientações:

Oportunamente serão divulgados os títulos das obras seleccionadas para a 2ª Fase do Concurso Nacional de Leitura, que decorrerá em Março.

Professoras: Cecília Mendes e Célia Gonçalves


Recorde-se que os alunos do Secundário tiveram que ler e prestar provas sobre as obras escolhidas: A Filha dos Mundos de Inês Botelho e A Casa dos Espíritos de Isabel Allende.
Os alunos do 3º ciclo defrontaram-se com Crime no Expresso do Tempo de Luísa Ducla Soares e Sexta-Feira ou a Vida Selvagem de Michel Tournier.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Efeméride - Ilse Losa


Em 6 de Janeiro de 2006, faleceu, no Porto, Ilse Losa, escritora portuguesa de origem alemã. Veio para Portugal em 1934, fugindo à perseguição nazi. É conhecida principalmente como autora de textos para crianças e pelo seu livro sobre as memórias das perseguições aos judeus.

“O primeiro dia da escola. A saca às costas, caminhei ao lado da minha mãe, cheia de curiosidade e de receios. O sr. Brand, o professor, distribuía sorrisos animadores aos meninos, que o fitavam com desconfiança. A barba grisalha e o colarinho engomado davam-lhe um ar de austeridade, mas os olhos alegres protestavam contra tal impressão. Começou por nos falar, e doseava serenidade com humor para afugentar os nossos medos. De todas as escolas por que passei, a de que verdadeiramente gostei foi a escola primária. Quando o sr. Brand tomou nota do meu nome ninguém se virou para mim com sorrizinhos por soar a judaico, ninguém achou estranho eu responder «Israelita» à pergunta do sr. Brand à minha religião. Fora a mãe que me recomendara: «Quando o sr. Brand te perguntar pela religião, diz--lhe que és israelita. Soa melhor do que judia». Eu não concordava, porque achava «israelita» uma palavra estranha que não parecia pertencer à minha língua e, por isso, corei de embaraço ao pronunciá--la. E quando o sr. Brand quis saber a profissão do meu pai respondi «negociante de cavalos». Coisa natural. Muitos alunos eram filhos de lavradores e conheciam o meu pai. Não me sentia envergonhada daquilo que eu e o meu pai éramos, como aconteceria mais tarde, no liceu, quando a minha mãe me recomendou que às perguntas respondesse, além de «sou israelita», que o meu pai era «comerciante».”

Ilse Losa – O mundo em que vivi
Ilse Lieblich Losa, escritora portuguesa de origem alemã e de ascendência judaica, nasceu a 20 de Março de 1913, em Bauer, uma cidade perto de Hanover. A primeira infância foi passada com os avós paternos. Frequenta o liceu em Osnabrük e Hildesheim e o Instituto Comercial em Hanover.
Em 1930 está em Londres onde toma conta de crianças durante um ano. De regresso à Alemanha e devido à sua condição de judia, é perseguida pela Gestapo e tem de abandonar o seu país, refugiando-se em Portugal onde chega em 1934, radicando-se no Porto. Casa com o arquitecto Arménio Losa e adquire a nacionalidade portuguesa.
A sua obra inclui romances, contos, crónicas, trabalhos pedagógicos e literatura para crianças.
Paralelamente à sua actividade de escritora desenvolveu outras ocupações quer no domínio da tradução, quer como colaboradora em jornais e revistas, alemães e portugueses, de que salientamos o Jornal de Notícias, O Comércio do Porto, o Diário de Notícias, Neue Deutsche Literatur, entre outros.
Ilse Losa está também representada em várias antologias de autores portugueses, tendo ela própria colaborado na organização e tradução de antologias de obras portuguesas publicadas na Alemanha. Traduziu do alemão alguns dos mais consagrados autores.
Em 1984 recebeu o Grande Prémio Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra para crianças.
Em 1998 recebeu o Grande Prémio de Crónica, da APE (Associação portuguesa de Escritores) por À Flor do Tempo.
As experiências da nazificação do seu país natal e as dificuldades de adaptação à sua pátria de exílio constituem alguns dos motivos das suas obras, entre as quais se contam:
O Mundo em Que Vivi (1949, volume de estreia), Histórias Quase Esquecidas (1950), Rio Sem Ponte (1952), Aqui Havia Uma Casa (1955), Sob Céus Estranhos (1962), Encontro no Outono (1965), Estas Searas (1984), Caminhos sem Destino (1991) e À Flor do Tempo (1997, Grande Prémio da Crónica de 1998).
Distinguiu-se como autora de literatura infantil, com os livros A Flor Azul (1955), Na Quinta das Cerejeiras (1984), A Visita do Padrinho (1989) e Faísca Conta a Sua História (1994).
Escreveu ainda uma obra de crónicas de viagem, Ida e Volta — À Procura de Babbitt (1959).
Leia mais aqui.

O que está representado na imagem?



Desafio aos visitantes:
A representação está situada numa Praça em Cáceres (Extremadura, Espanha),
de seu nome Plaza S. Jorge.
O que representa?
Boa investigação e boas leituras.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Ano Novo



Receita de Ano Novo

Para você ganhar um belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanhe
ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).

Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de Janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um ano novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade
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